Depressão pós copa
Estou escrevendo essa coluna alguns minutos após o término da cerimônia de entrega da taça e outras formalidades, mas já estou sentindo o que todo fanático por futebol como eu sabia que iria sentir, depressão pós copa.
São 4 anos de espera por esse mês em que , parafraseando o slogan dos canais ESPN , nada mais importa . Mas passa rápido, velocidade proporcional à intensidade que vivemos esses 30 dias, fazendo de tudo para assistir todos os jogos, até os Eslovênias e Argélias , Eslováquias e Austrálias.
Vamos ser realistas, a primeira rodada da copa foi muito fraca. Jogos truncados, equipes fechadas e pouquíssimos gols. Mas ninguém se importa. Nossa memória guarda os jogos épicos, e deles sentiremos falta e nos farão aguardar ansiosamente nos próximos 4 anos.
Eu sou daqueles que prefere o clube à seleção nacional, mas nenhum torneio de clubes se compara a Copa do Mundo em dramaticidade. Da terceira rodada pra frente , nenhum jogo da copa é morno, sempre está em jogo muita coisa, todos sempre estão no limiar entre o céu e inferno. Não dá para ficar indiferente diante da luta da combalida Itália contra Eslováquia, o melhor jogo da copa na minha opinião.
Uma das coisas mais legais dessa copa foi o renascimento da celeste olímpica. A seleção uruguaia, que se classificou na repescagem, conseguiu voltar a brilhar, contrariando todos os prognósticos. Claro que o principal responsável foi Diego Forlan , mas foi Luis Suarez , o jovem atacante do Ajax , que proporcionou o lance mais épico da copa. Aquela bola que ele tirou com a mão no ultimo minuto da prorrogação foi de uma dramaticidade tão grande que nem o maior roteirista de cinema conseguiria ter criado , somente o futebol , somente na copa do Mundo.
Agora nos resta esperar 2014, o maior evento do mundo, dessa vez em nosso quintal. E não, futebol não é só um jogo.
* deixo também minha indignação para com o polvo Paul , que colocou um “spoiler alert” antes de fazer as previsões.
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